domingo, outubro 08, 2006

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Young God, RSXX, acrílico sobre papel 2004

Jornal Público, hoje mesmo:

"Se só Deus é Deus, se não há nada no mundo que seja divino, parece que ficaria o campo liberto para as mil iniciativas e realizações da criatividade humana." (...) "Acontece que a tendência à sacralização de palavras, textos, gestos, leis, ritos e pessoas levou os próprios monoteístas pelos caminhos das religiões pagãs que pretendiam superar. Mas o pior de tudo foi a sacralização da violência, isto é, a violência exercida em nome de Deus. Chegou-se mesmo a fazer de Deus o "Senhor dos exércitos" e o patrocinador das guerras mais cruéis, presentes em algumas narrativas e orações bíblicas."

Frei Bento Domingues, Religião e violência, página 8

"Bispo de Leiria-Fátima vai convidar Papa a visitar o santuário
(...) O papa inauguraria desse modo, a nova Igreja da Santíssima Trindade, que se encontra em fase final de construção. Já quanto à canonização dos dois videntes, o bispo não tem certezas: "O processo de canonização ainda não está definido: a equipa médica da Congregação da Causa dos Santos [do Vaticano] está a analisar a solidez do milagre exigido para ver se tem condições de poder ser declarado milagre ou não.
(...) Mesmo se o milagre em que se baseou a beatificação da Jacinta e Francisco Marto (...) foi considerado pouco sério por algumas pessoas, o bispo diz confiar nas equipas médicas e teológicas da Congregação (...) actualmente presidida pelo cardeal português José Saraiva Martins.
(...) Quanto à nova igreja (...) o custo está, actualmente, em cerca de 45 milhões de euros (...)."
(...) O caos urbano de Fátima leva o bispo a lamentar a ausência de um plano director no crescimento da localidade. O Estado, diz [o bispo], deve agora "apoiar tudo o que possa tornar a cidade mais bela, acolhedora e funcional". E justifica: Fátima "é um centro de atracção de turismo como não há outro em Portugal, com 4 a 5 milhões de turistas por ano", com o que isso significa de "desenvolvimento social, económico, cultural do país".

António Marujo, página 24

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