É a guerra, é a guerra! Na Ucrânia disputa-se mais uma guerra (quantas guerras estão activas neste preciso momento em todo o mundo?), faz depois de amanhã um ano que começou na forma que agora lhe conhecemos. Uns dizem que a culpa é dos russos, outros que foram os ucranianos a provocá-la, outros ainda garantem ser da responsabilidade dos EUA, da NATO ou da União Europeia. Há opiniões divergentes conforme o espaço habitado, físico ou ideológico. A única certeza que fica é de que está uma guerra em curso no território ucraniano.
De certeza? Bom, há ainda quem pense que aquilo é uma "operação especial" o que não configurará bem uma situação de "guerra-guerra" mas sim algo diferente. Patético, não é? Parece que não, não para todos.
No meio de todas as declarações de amor à paz, de consternação, de empatia para com os que sofrem na pele a crueza da guerra, de júbilo pela coragem dos bravos ucranianos, de asco para com a brutalidade criminosa dos russos, de enaltecimento dos valores democráticos e de defesa da liberdade dos povos, fico confuso, zonzo, embrutecido, sinto-me uma espécie de calhau.
Feitas as contas desconfio de tudo, desconfio de todos. Até de mim próprio.
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