segunda-feira, setembro 26, 2011

A árvore

É um dos mistérios da minha existência humana. A árvore, tal como é vulgarmente representada; tronco castanho, copa verde, et voilá!

Se propusermos a uma criancinha que pinte a árvore com outras cores ela vai lançar-nos um olhar entre o incrédulo e o furioso, que é lá isso!!!??? Uma árvore é castanha e verde, ponto final. Há coisas que não se discutem e o aspecto de uma árvore faz parte dessas coisas eternas e universais, por muito que a inteligência ou um simples olhar nos digam o contrário.

Não sei bem de onde vem esta ideia estereotipada e tão fortemente enraizada no imaginário colectivo mas que lá está, disso não podemos ter a mínima dúvida. Nem o Outono nos salva do senso comum que começa, estou em crer, nas mentes das nossas professoras primárias que nos dizem que é assim e nós acreditamos, mesmo depois de entrados na idade que designamos por "adulta".

Quem diz a árvore, diz muitas outras coisas. Demasiadas coisas. Coisas que nos entram na imaginação e por lá ficam sentadas, deitadas, a ressonar, preguiçosas, adquiridas, coisas que nunca mais questionamos e que acabam por solidificar erradamente. Quase monstros.

Coisas que cristalizam e nunca mais se alteram dentro de nós apesar de  um simples olhar lá para fora, para fora da caverna dos nossos crânios, ser o bastante para nos mostrar a evidência de que as coisas raramente são o que parecem, quanto mais aquilo que nós imaginamos sem sequer as questionarmos.

4 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Às vezes é bom ter valores seguros.

the dear Zé disse...

não tem nada a ver,
soube agora mesmo de outra coisa, parabéns à moça!

Beto Canales disse...

muito bom

Silvares disse...

Jorge, de acordo, mas talvez possamos desconfiar...

Dear Zé, obrigado (em nome da moça).

Beto, grato.