segunda-feira, setembro 05, 2011

Aprender a ir no comboio do romance

Ontem acabei de ler este "Aprender a rezar na Era da Técnica" de Gonçalo M. Tavares. Li-o com agrado e estranheza. Não é o 1º livro que leio deste autor mas, até agora, foi aquele que me deu vontade de escrever qualquer coisa sobre o que acabei de ler.

O facto de ser uma narrativa muito fragmentada e reflexiva a um nível quase incomodativo, transforma a leitura num constante exercício de aprendizagem. Aprendi a ler, aprendi a pensar com a ajuda daquilo que estava a ler, aprendi a ver, aprendi a fazer um grande número de coisas que já tinha aprendido anteriormente mas que agora aprendi outra vez. Só que de outra forma.

Aprendi isto "daquela" forma que é necessário aprender para poder entrar nos carris que orientam o comboio da narrativa deste romance. Sem pagar bilhete. Vai-se porque se quer ir. Com alguma sorte chega-se no preciso momento em que a personagem central abandona o palco.

Como digo, aprendi muita coisa mas não aprendi a rezar.

6 comentários:

Anónimo disse...

Curioso!

Chapa disse...

Logo aquilo que o título prometia e que tanta falta te fazia. Que desilusão! Vais ter de pedir o auxílio do caçador, moço versado nessas coisas das rezas.

Jorge Pinheiro disse...

Pois não conhecia. Vou tentar ler.

Silvares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Silvares disse...

Eduardo, um escritor muito conceituado. Decerto há obras dele editadas no Brasil.

Chapa, assim como assim um gajo lê que é uma certa forma de rezar, independentemente da Era.

Jorge, este Gonçalo M. Tavares é considerado um dos bons escritores que vão publicando por aí. A ter em atenção.

the dear Zé disse...

o que é que eu tenho a ver com isto?