sábado, fevereiro 27, 2010

Uma outra ilha

Leonardo Di Caprio cumpre com eficácia


Primeiro ponto: quanto menos o espectador souber sobre o argumento de Shutter Island maior será a possibilidade de vir a gostar de ter visto o filme.

Segundo ponto: este é um filme realizado com mestria. Se por acaso o espectador já tiver uma ou outra luz sobre as peripécias da acção e souber qual a "realidade" dos "factos", restará o prazer de ver cinema eficaz, cinema que funciona com a regularidade assombrosa de um relógio de cuco fabricado na Suiça, o que não é nada para desprezar.

Scorcese mostra que sabe perfeitamente o que faz e conta-nos uma história em traços fortes sobre um fundo entre o muito negro e o cinzento carregado. Uma espécie de viagem pelo mundo encantado da 7ª arte.

Não será uma obra-prima mas é um bom filme. A ver sem qualquer tipo de problemas... a não ser que o gajo sentado na cadeira ao lado esteja o tempo todo a mexer no telemóvel produzindo um clarãozinho irritante. Mas isso é uma questão de sorte ou azar, coisa que não tem nada a ver com o trabalho impecável do velho Martin Scorcese.

5 comentários:

the dear Zé disse...

Vi ontem. Gostei. Subscrevo, não é Scorcese vintage, mas é um excelente filme. Muitos furos acima da mediania irritante e clonada que por aí anda.

Silvares disse...

Estamos de acordo.

Beto Canales disse...

Fiquei curioso

Jorge Pinheiro disse...

Tb. já vi. Muito denso. Fotografia espectacular. Realização super eficaz. E porque não dizê-lo, excelente interpretação de Caprio. Caixas dentro de caixas, numa estratégia psiclógica da aranha. Falta qq coisa que já vem vem do argumento. A não perder.

Silvares disse...

Beto, não entrará naquele seu grupinho especial dos 3 filmes mas pode guardar-lhe um lugar qualquer mais abaixo... um lugar quentinho.

Jorge, é isso mesmo, caixas dentro de caixas, uma espécie de matriosca zarolha.