A inteligência humana (a capacidade de observar e interpretar o mundo que circunda o cérebro) é potenciada pela rapidez com que nos é possível esquecer ou ignorar as coisas que vamos aprendendo. Se tivesse de processar continuamente toda a informação que recolhe e armazena o nosso cérebro haveria de fritar como ovo numa frigideira, ao ponto de ser incapaz de processar "eu" ou "tu". Muito menos seria capaz de processar o conceito de "nós" tantas haveriam de ser as exactidões e contradições a ultrapassar a cada microssegundo. Se não esquecêssemos o que é esquecível seríamos como máquinas. O esquecimento permite-nos preservar afectos e amar incondicionalmente. A ignorância selectiva ajuda-nos a sonhar mais longe, mais alto e mais forte, como um atleta olímpico dos sentidos.
5 comentários:
Cultura é seleção, alguém disse.
Selecionamos o que nos interessa.
Ainda bem!
Mesmo assim, fritamos às vezes uns ovos, hehehe...
Silvares, quanto as onomatopéias que usamos para rir,(que voce comentou em outro post), variam.
Eu mesma me flagro com umas gargalhadas visuais, quando sou provocada a isso.
bjs! lina
Lina, se não houvesse selecção iria ser a maior confusão! Rimou.
Por essas e outras, nossos amiguinhos orientais meditam - ou seja, deixam no silêncio o tal do cérebro.
Aprendi.
Esquecer é importante. O essencial é lembrar o que não esquecemos, senão estamos perdidos.
Bárbara, a meditação não é o meu forte. As coisas andam todas numa convulsão dentro da cabeça e depois saem a correr. 100 Cabeças, portanto...
Jorge, esquecimento selectivo.
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