Há ocasiões em que fico triste por não ter 12 ou 13 anos. 14, vá lá, por aí assim. Fui ver A Bússula Dourada http://www.goldencompassmovie.com/ e senti essa saudade, quase inveja, perante a grandeza fantástica que o filme me propunha. Eu sei o que uma narrativa como aquela pode proporcionar a um adolescente, lembro-me vagamente de uma intensa capacidade de sonhar, de conseguir cruzar a imaginação com a realidade tornando tudo muito mais intenso, muito mais brilhante. A possibilidade de ser feliz a crescer de tal modo que o peito se enche de vontade de ser, de fazer, de ver acontecer, acreditando que tudo é possível, apesar de conhecermos os limites impostos ao mundo por aquilo que designamos como realidade. A Bússula Dourada é um filme deslumbrante, empolgante, épico, maravilhoso. Infelizmente tenho quarenta e picos e já não sou capaz de entrar por ali dentro ao ponto de me perder, de acreditar. Já não consigo vestir a pele das personagens de um filme assim. E tenho pena, sinto saudade de brincar e fazer de conta com tal competência que o mundo se transformava noutro mundo comigo dentro. É perante objectos tão surpreendentes como este filme que sinto nostalgia da infância.
3 comentários:
Te compreendo e entendo completamente!
Mas não tem volta, infelizmente!
Forte abraço,
Adorei o quarenta e picos!!!! esse jeito luso de resolver as frases. Pense no lado positivo: como por exemplo: O tempo amadurece "as ventanas".
bjs.
JU gioli
Eduardo, não seria muito agradável ter uma cabeça de quarenta anos dentro de um corpo de 14. Já o contrário parece mais apelativo!
Ju (é este o teu nome?) O tempo não me atrapalha o quotidiano, só atrapalha a minha capacidade de sonhar... acordado!
Eduardo e Ju, sinto-me honrado por terem postado nos vossos blogues o "Feliz Natal, pessoal!". Obrigado.
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