Ouvir falar de assuntos que nos são familiares quando estamos integrados num grupo constituído maioritariamente por pessoas que não têm particular interesse nas matérias em análise pode tornar-nos um pouco pedantes. O grau e o nível de complexidade do discurso parece-nos abaixo de básico, reprimimos com dificuldade uma certa vontade de exibir o nosso conhecimento. Ah, campeões!
Escrevo este texto na primeira pessoa do plural, tento não ficar isolado no meu hipotético (e provável) pretensiosismo. Experimento arrastar-te para o pântano (limpinho) do meu ego, não quero parecer demasiado malvado. A verdade é que a coisa pode mesmo tornar-se penosa. É tão triste!
Ser obrigado a frequentar acções de formação de professores é uma violência. Das poucas que não consigo evitar. Sinto-me demasiadas vezes perdido na mediocridade generalizada (da qual faço parte integrante). Não há como fugir-lhes. Há um leve bedum a falsa erudição, uma certa vertigem decadente que fazem destas coisas massas gordas e informes. Coisas vulgares, tão vulgares que a vulgaridade surge maravilha exótica.
Sinto-me triste.
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