Vinha eu a pensar na vida quando vejo dois homens transportando uma peça de mobiliário à força de braços. Pareceu-me perceber qualquer coisa; pareceu-me perceber que é conveniente termos objectivos específicos e compreensíveis, de preferência objectivos alcançáveis, coisas que orientem a nossa existência. Para aqueles homens transportar a mobília, para mim entrar na tabacaria e comprar o jornal. Depois de cumpridas estas tarefas a vida exige que se descubra qual a tarefa seguinte, como num jogo infantil de caça ao tesouro. Uma pista leva a outra e assim sucessivamente.
Nunca deixamos de ser crianças a brincar à vida e a jogar todos os dias com o tempo e, no caso dos mais imaginativos, a brincar também com o espaço.
Será a morte o final da infância humana? Será o último suspiro um primeiro reflexo de saudade pelo que fomos e nunca mais voltaremos a ser?
Nunca deixamos de ser crianças a brincar à vida e a jogar todos os dias com o tempo e, no caso dos mais imaginativos, a brincar também com o espaço.
Será a morte o final da infância humana? Será o último suspiro um primeiro reflexo de saudade pelo que fomos e nunca mais voltaremos a ser?
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