Oh, quanta compaixão humana é destilada pelas boas almas nesta época natalícia. O amor é tanto que quase o podemos morder caso batamos a dentuça. Os sorrisos, tantos dentes, tantas palavras bonitas. Os olhinhos das crianças brilham sob as luzes que enfeitam as árvores e as ruas. O mundo rejubila, as aves parecem voar com maior graciosidade, até os tubos de escape dos automóveis ganham contornos quase benevolentes, soltando fumozinho, puf, puf, puf... pópó, faz a buzina.
O Pai Natal lá está, no Pólo Norte, a explorar os duendes que, nos tempos que correm, são chineses, são vietnamitas, paquistaneses, são nativos do Bangladesh, gentinha diligente que trabalha, incansável, por quase nada. E o nosso Natal está garantido, todos podemos comprar presentes a baixo custo. A miséria alheia tem a sua beleza.
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