Não querendo armar-me em virgem ofendida sempre vos digo que o conceito da Black Friday é uma coisa, a meus olhos, repulsiva. Traz consigo uma perspectiva desumanizadora da nossa sociedade que me incomoda. Funciona como espelho e reflecte um bicho demasiado disforme.
A substituição do cidadão pelo consumidor (tema várias vezes abordado aqui, no 100 Cabeças) já não me cheira bem. Haver um dia em que o consumidor é transformado em animal selvagem é coisa que fede.
Nas caixas de mensagens do meu telemóvel e do e-mail vão caindo missivas enviadas por diversas lojas que anunciam acontecimentos extraordinários. Descontos estratosféricos, facilidades de crédito inimagináveis, ofertas irrecusáveis, tudo para o meu bem, tudo porque, como me dizem, sou importante para as empresas comerciantes.
É o Capital a sorrir-me mas, no seu sorriso, vejo um esgar alucinado.
A substituição do cidadão pelo consumidor (tema várias vezes abordado aqui, no 100 Cabeças) já não me cheira bem. Haver um dia em que o consumidor é transformado em animal selvagem é coisa que fede.
Nas caixas de mensagens do meu telemóvel e do e-mail vão caindo missivas enviadas por diversas lojas que anunciam acontecimentos extraordinários. Descontos estratosféricos, facilidades de crédito inimagináveis, ofertas irrecusáveis, tudo para o meu bem, tudo porque, como me dizem, sou importante para as empresas comerciantes.
É o Capital a sorrir-me mas, no seu sorriso, vejo um esgar alucinado.
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