"O sono da razão engendra monstros" a frase mágica que Goya registou para a posteridade e que, pessoalmente, me serve de retrato para a inteligência humana e para as suas construções. Este intróito em zigue-zague pretende trazer à luz algumas preocupações que me assaltaram ontem, ao ver algumas reportagens da manifestação das forças de segurança à porta da Assembleia da República.
O que vi? Polícias em manifestação, uns de punho erguido outros de braço estendido. Velhinhas e velhinhos com cartazes de apoio e polícias embevecidos com tais manifestações de carinho. Mais polícias e agentes da GNR em manifestação com os seus dirigentes debitando as habituais palavras de circunstância. Nota: todos os que vi pareciam bem barbeados, bem lavados e penteadinhos (muitos têm a cabeça rapada à skinhead), vestidos com aprumo suficiente para não assustarem quem emprenhe pelos olhos. Depois começaram a aparecer uns gajos com t-shirts do movimento zero.
Aí foi o momento da rataria sair da toca. Apareceu o Telmo Correia, apareceu o André Ventura. Um só falou para as câmaras de TV o outro teve direito a púlpito com o movimento zero a guardar-lhe as costas e a aplaudir as habituais atoardas da personagem. Foi aí que uma ideia mórbida se me atravessou, ao comprido, na mona: e se estivermos a permitir que a PSP se torne um coio de nazis e fascistas? Não é ideia nova, antes preocupação antiga mas uma coisa é sonhar, outra é ver com os próprios olhos, uma coisa é suspeitar, outra é ter a certeza.
Já participei em diversas manifestações e lutas sindicais. Já fui olhado com desconfiança (acho que os nossos embates com o estado nunca chegaram a provocar ódio entre os que discordavam das nossas formas de reivindicar direitos) e já me apercebi que aquilo que pretendemos dizer nem sempre é aquilo que fazemos ouvir. Oxalá esteja enganado mas estas movimentações dos zeros são inquietantes. É que são zeros à direita e anda por aí muito filho da puta.
O que vi? Polícias em manifestação, uns de punho erguido outros de braço estendido. Velhinhas e velhinhos com cartazes de apoio e polícias embevecidos com tais manifestações de carinho. Mais polícias e agentes da GNR em manifestação com os seus dirigentes debitando as habituais palavras de circunstância. Nota: todos os que vi pareciam bem barbeados, bem lavados e penteadinhos (muitos têm a cabeça rapada à skinhead), vestidos com aprumo suficiente para não assustarem quem emprenhe pelos olhos. Depois começaram a aparecer uns gajos com t-shirts do movimento zero.
Aí foi o momento da rataria sair da toca. Apareceu o Telmo Correia, apareceu o André Ventura. Um só falou para as câmaras de TV o outro teve direito a púlpito com o movimento zero a guardar-lhe as costas e a aplaudir as habituais atoardas da personagem. Foi aí que uma ideia mórbida se me atravessou, ao comprido, na mona: e se estivermos a permitir que a PSP se torne um coio de nazis e fascistas? Não é ideia nova, antes preocupação antiga mas uma coisa é sonhar, outra é ver com os próprios olhos, uma coisa é suspeitar, outra é ter a certeza.
Já participei em diversas manifestações e lutas sindicais. Já fui olhado com desconfiança (acho que os nossos embates com o estado nunca chegaram a provocar ódio entre os que discordavam das nossas formas de reivindicar direitos) e já me apercebi que aquilo que pretendemos dizer nem sempre é aquilo que fazemos ouvir. Oxalá esteja enganado mas estas movimentações dos zeros são inquietantes. É que são zeros à direita e anda por aí muito filho da puta.
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