O British Museum (na foto uma imagem do espectacular foyer) é tudo menos british.
Reune uma extraordinária colecção de objectos rapinados nas cinco partes do mundo para espanto dos visitantes que ali chegam vindos de todo o lado. Não me recordo de ter visto nenhuma obra de produção british nas infinitas salas de exposição. Será british por mostrar objectos reunidos pelo Império e não por expor realizações do génio ilhéu. Desde os frisos do Partenon às múmias egípcias, tudo ali recorda a expansão colonial europeia na sua faceta britânica. Os visitantes são, também eles, uma extensa colecção de cromos das diferentes etnias e resultados civilizacionais da nossa espécie. Um espectáculo diversificado e completo.
Nos tempos que correm uma tal exibição de riqueza e diversidade cultural não é nada políticamente correcta. Antes pelo contrário. O que sentirá um cidadão da União que tenha nascido grego ao encontrar ali tantas e tão significativas obras de arte produzidas no seu país de origem, levadas sem pedir licença nem pagar resgate? E o valor que agora lhes damos seria igual caso não estivessem ali? E se a Europa não tivesse triunfado na sua expansão global aquilo a que chamamos Cultura teria a importância e o impacto que actualmente lhe atribuímos? Teriam aquelas pedras esculpidas o valor incalculável que agora têm? Penso que não.
Penso que o chamado turismo cultural é um produto de marketing saído directamente da globalização e que se vê agora ligeiramente ameaçado pela tal guerra contra o terrorismo que, ao que parece, campeia pelo mundo fora de forma aparentemente surda e semi anónima. Uma cidade como Londres tem incontáveis locais onde se mostram esses troféus imperiais para espanto dos visitantes e é daí que lhe vem algum do muito encanto que tem para atrair como atrai tantos milhares (milhões) de turistas e outras aves de arribação que ali afluem como rios de gente que desaguam naquele mar.
Neste campeonato Lisboa ocupa uma classificação bem modesta.
Reune uma extraordinária colecção de objectos rapinados nas cinco partes do mundo para espanto dos visitantes que ali chegam vindos de todo o lado. Não me recordo de ter visto nenhuma obra de produção british nas infinitas salas de exposição. Será british por mostrar objectos reunidos pelo Império e não por expor realizações do génio ilhéu. Desde os frisos do Partenon às múmias egípcias, tudo ali recorda a expansão colonial europeia na sua faceta britânica. Os visitantes são, também eles, uma extensa colecção de cromos das diferentes etnias e resultados civilizacionais da nossa espécie. Um espectáculo diversificado e completo.
Nos tempos que correm uma tal exibição de riqueza e diversidade cultural não é nada políticamente correcta. Antes pelo contrário. O que sentirá um cidadão da União que tenha nascido grego ao encontrar ali tantas e tão significativas obras de arte produzidas no seu país de origem, levadas sem pedir licença nem pagar resgate? E o valor que agora lhes damos seria igual caso não estivessem ali? E se a Europa não tivesse triunfado na sua expansão global aquilo a que chamamos Cultura teria a importância e o impacto que actualmente lhe atribuímos? Teriam aquelas pedras esculpidas o valor incalculável que agora têm? Penso que não.
Penso que o chamado turismo cultural é um produto de marketing saído directamente da globalização e que se vê agora ligeiramente ameaçado pela tal guerra contra o terrorismo que, ao que parece, campeia pelo mundo fora de forma aparentemente surda e semi anónima. Uma cidade como Londres tem incontáveis locais onde se mostram esses troféus imperiais para espanto dos visitantes e é daí que lhe vem algum do muito encanto que tem para atrair como atrai tantos milhares (milhões) de turistas e outras aves de arribação que ali afluem como rios de gente que desaguam naquele mar.
Neste campeonato Lisboa ocupa uma classificação bem modesta.
1 comentário:
Ahhhhhhhhhhh!
Que maravilha! Impressionante!
Isto faz-me lembrar, com grande tristeza, que não vou a Londres há 6 anos e que estou completamente desactualizada.. :-(
Queremos mais novidades e belas histórias!!!!
Ops... não te melgo mais o blog por hoje... ehehehehehehe.
kisses.
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