A Grande Puta está de regresso. Ei-la, envolta nos seus cinco opacos mantos: inocência, justiça, castidade, beleza e terror; a guerra avança, festiva, para o coração da Europa. Havia saudades.
Todos os que podiam evitá-la parecem desejar a sua presença, fazem-lhe a corte, mostram-lhe os dentes ora em sorrisos abertos ora em esgares assustadores. A Grande Puta está feliz e pavoneia-se nos meios de comunicação arrastando atrás de si legiões de imbecis que pretendem saber ao que ela vem, o que a motiva. Cavam-se trincheiras, escolhe-se o lado que se há-de defender. A Grande Puta ri-se.
Nada a fazer, o mundo é dominado por mentecaptos, adoradores da deusa Economia, mãe do bastardo Dinheiro, essa divindade menor no panteão mas não menos adorada pela populaça babosa de raiva e cega pelo esplendor da bestialidade que a anima.
A Grande Puta está de regresso. Nada de bom podemos esperar.
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