segunda-feira, janeiro 22, 2018

Uma cena bué ambígua

O prazo encurta a cada dia.
A responsabilidade aumenta na razão directa da diminuição do espaço que resta para que cumpras o compromisso assumido. Quem te mandou a ti meteres-te numa destas!? Ainda por cima não havendo necessidade!

Quando tomas as dores de um compromisso que assumes voluntariamente, quando decides meter mãos a uma obra à qual não estavas obrigado e começas a sentir a dúvida a roer-te as abas do sossego, qual ratinho esfomeado e divertido, ficas com a tripa um bocadinho deslizante.

De súbito apercebes-te de que não possuis as capacidades necessárias para levar a bom termo a tal tarefa. Sentes as orelhas a crescer como as do príncipe do conto. Por que raio te meteste em tal alhada? Mas, ainda assim, sorris e expões um semblante que irradia confiança. Não há que recuar, caraças! Nem pensar.

E assim vais, alegremente, vida adiante, fazendo o que deves e até o que não seria suposto fazeres mas que decidiste transformar em objectivo muito teu. És personagem de epopeia. Quanto ao resultado... o que interessa isso? O importante é que mostraste ao mundo que não tens medo dele. Nem de ti.

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