"Somos uma manada de merda" disse um deles; "Gritamos, ameaçamos e reclamamos mas, na verdade, estamos apenas a mendigar um pouco de atenção e alguma compaixão. Ficamos satisfeitos com uma esmola sentimental. O pior é que os cabrões sabem disso e não nos levam a sério."
7 comentários:
Infelizmente a vocação dos "carneiros" é essa mesma!
É... Pelo visto a situação de Portugal está ainda pior do que a televisão mostra....
Eduardo, Beto, "a cosa aqui está preta"
Não será porque têm os corninhos retorcidos de modo que só marram para trás?
Devem aleijar-se muito nas costas!
Talvez se endireitassem as pontas mais para a frente a cornada fosse mais eficaz, desde que não lhes pesasse a cabeça, está bem de ver.
Pois, mas nem os bois nem, imagine-se!; nem os touros, levam a investida até ao fim. Quando chega o momento de enfiar os cornos na pança dos maus ficam todos bonzinhos. Somos assim, uns gajos porreiros. De cornos baixos e beiço caído.
Rui, tenho a impressão que isto já não é uma questão de carneiros, manadas ou cabrões. O problema é que estamos a entrar na era do não ter e ninguém quer aceitar isso ( se calhar legitimamente ), mas os problemas hoje do mundo não se vão resolver com manifestações colectivas ou revoluções para tirar aos que têm e dar aos que não têm. Hoje o mundo não se aguenta se todos quiserem ( e legitimamente ) ambicionar a ter o que o português da “manada” tem ( que se calhar e com alguma razão, acha que não tem nada ). Parece que ninguém quer ver o óbvio, aquilo que está à frente dos nossos olhos, e é sempre mais fácil arranjar um “bode” expiatório, de preferência de fora da manada para deitarmos as nossas culpas. A verdade que nos dói é que não são as injustiças e imoralidades gritante que existem à nossa volta a causa de o mundo estar assim. Chegámos ao fim, ao fim de uma forma de vida que acreditámos que iria durar para sempre. Enganamo-nos a nós próprios ou pior que isso, quisemos ser enganados … porque também de vez em quando dá jeito.
Concordo contigo. Já por várias vezes aqui registei a ideia de que estamos no fim de um ciclo (o sonho americano a ser trocado pelo pesadelo chinês) mas nem isto é tão fatal como o destino nem nós temos de nos resignar com as tangas que nos enfiam pela cabeça abaixo. Podemos estar a cair no vazio mas, ao menos, vamos cair com estilo! E arrastar connosco uma boa mão-cheia de cabrões.
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