Começou o arraial dos debates televisivos da campanha para as eleições legislativas de 10 de Março. É um estranho espectáculo.
Tento compreender um pouco melhor a obra de Bosch. Quanto mais atento nela mais me convenço de que o mestre se divertiu muito, imaginando monstros patuscos num mundo habitado por monstros a valer. A pintura de Bosch é uma espécie de higiene.
Ter a percepção clara da grandeza de uma ideia deve ser um fardo pesado. Ou se guarda bem guardada, ou se perde ou, na pior das hipóteses, tenta-se partilhá-la. Feita a partilha resta a espera e, finalmente, o embate. Será coisa violenta?
Observo os velhos (os mais velhos, para ser preciso) na tentativa de perceber o que me espera num futuro não muito longínquo. Vejo-os mas não os sinto. O processo é lento. Talvez um dia lá chegue.
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