O dinheiro, vil metal, o guito! Vive-se sossegado enquanto a coisa é apenas horizonte e estrelinhas brilhando no imenso firmamento. Entra uma moedinha na ranhura que faz cantar o bonequito deslavado e logo a máquina começa a funcionar. A música até pode ser roufenha, os movimentos mecânicos e desconexos, mas é coisa paga, logo é coisa séria, coisa que vale a pena.
O dinheiro, o guito, tem aquela estranha capacidade de nos fazer sorrir ao contrário. Endurece-nos o coração, faz de nós gente esperta. Até ali estávamos absolutamente descansados. Agora não. Agora há guito lá ao fundo, atrapalhando a linha do horizonte que deixa de ser recta.
Ah, o guito, o guito.
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