Admito que a distinção entre passado, presente e futuro seja ilusória, como afirmou Einstein. Tudo bem, regemos a nossa vida em função de uma ilusão. Isso faz da nossa existência algo que se enquadra na categoria do maravilhoso.
Acreditar no tempo como algo contínuo, algo que se perde e não repete, que se alcança e se espera, é como acreditar em Deus. O que nos leva ao lugar de Cronos, que sempre lá esteve, está e estará, provavelmente com Einstein sentado ao seu lado.
Admiro o esforços dos cientistas (ah, os físicos!) na sua tentativa de encontrar modelos capazes de nos oferecer um vislumbre que seja dos mecanismos que regem o Universo. Talvez a inteligência artificial venha a permitir que se perceba alguma coisinha mais. Ou então não.
Fascinam-me as tentativas dos poetas de encontrar uma ordem na disposição de palavas capaz de nos oferecer uma emoção suficientemente forte para gerar em nós a sensação de existência.
Pessoalmente, faço desenhos.
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