André Ventura tem um discurso abjecto, cavalga a xenofobia como se fosse a Virgem Maria em direcção ao Egipto montada no seu burrico, debita palavras vazias, é uma espécie de fascista mal encapotado, etc. A complacência do PS, a indefinição do PSD, as acções do PS, a fome do PSD, a inépcia do CDS, etc. Leio o Público e são várias as tentativas de explicação para a ascensão da extrema-direita no nosso país. A maioria dos comentadores aponta para a tibieza do sistema e dos políticos. Fico a pensar: então e os cidadãos que se deixam seduzir por um discurso tão notoriamente abjecto, que aplaudem e aceitam a xenofobia, que não se incomodam (antes pelo contrário) com o voto depositado na boca de um fascista? São vítimas inocentes das malfeitorias da classe política? São pessoas de bem tão desiludidas que se transformam em... em quê?
Se calhar o tal racismo larvar de que para aí se fala é mais real do que estamos dispostos a aceitar. Se calhar o falhanço do sistema educativo vem de muito mais longe do que pensamos. Se calhar as pessoas não se incomodam tanto com a mentira como afirmam quando estão na casa de Deus a bater no peito. Se calhar há mais fascistas entre as pessoas de bem do que seria salutar para o nosso futuro colectivo.
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