Regressado ao confinamento (quase) absoluto debato-me com os problemas que se tornam habituais: o espaço da casa transforma-se em mundo, a cidade fica lá fora, toda ela enquadrada por janelas, começo a cirandar pelas divisões à procura de motivação para fazer algo.
O ecrã da televisão ganha uma importância que, em tempos normais, não teria. O computador parece-me aborrecido, os dias tendem a misturar-se uns nos outros, num rodopio estático e sensaborão. Espero sentir o apelo das artes. Por enquanto... nada!
Por enquanto sinto apenas alguma angústia por não poder viver a vida em liberdade. Imagino que seja este o sentimento do canário na gaiola, caso tenha inteligência para se aperceber da sua condição de cativo, saltando livremente de um poleiro para outro.
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