Pode a invisibilidade crítica provocar azedume ao ponto de causar forte azia e levar o invisível (o fantasma) a vociferar que nem um porco? Pode. Pode o anonimato levar o anónimo (o fantasma) a desesperar ao ponto de pensar em largar os pincéis e dedicar-se à pesca com cana e anzol? Pode. Pode a falta de reconhecimento público fazer crescer dentro do ignorado (o fantasma) uma inveja biliosa que ele confunde com injustiça? Claro que sim, pode.
Pode um gajo persistir em fazer pintura, desenhar, imaginar e sonhar, década após década sem que nada de relevante aconteça e ele (o fantasma) se vá esquecendo de quem foi, fique confuso com aquilo que é e, apesar de tudo, deseje ser algo diferente (do fantasma) um dia que ainda está para vir. Sim, pode (que aborrecido). "Pode alguém ser quem não é?" Isso, agora...
Sem comentários:
Enviar um comentário