segunda-feira, abril 08, 2024

Dar tempos ao tempo

     Quando imaginamos o futuro estamos a construir o passado, aquele tempo em que vivemos; este tempo. O tempo que passou.

    O tempo é como um novelo de lã, vamos puxando o fio e o novelo rebola. Custa-nos compreender, mas este fio tem um início só que não há como perceber onde começa e embora pareça inesgotável, o novelo haverá de acabar um dia.

    Não sei se o tempo acabará quando acabar a Humanidade. Não tenho a certeza da existência do tempo para lá de nós, para lá da vida humana. Quando restarem apenas baratas e ratazanas o tempo continuará a fluir? Imagino que sim, mas será um tempo diferente, um tempo rastejante. Um tempo irracional.

    Apercebo-me de que, um dia, haverá um futuro que não irá acontecer. Talvez o céu se abra para deixar passar os Cavaleiros do Apocalipse. Náááá, não estou a ver como possa acontecer tal coisa. 

    O fim da vida no nosso planeta, o fim do próprio planeta, serão acontecimentos insignificantes.

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