Cada dia cavamos mais fundo o poço do ódio, Cavamos, cavamos e voltamos a cavar, coveiros do bom senso, inimigos de nós próprios. O poço nunca nos parece demasiado profundo. Não sabemos para que serve tal buraco mas isso não impede que continuemos a cavar.
Por vezes tenho a sensação de que o amor nos envergonha. Talvez por não ser um sentimento suficientemente macho? Será um exclusivo masculino, este de ter vergonha de proclamar alto e bom som que se ama alguém? Será mais fácil declarar amor a uma coisa? Amor ao dinheiro...
Um dia iremos cansar-nos de cavar o tal poço mas estaremos tão fundo que regressar à superfície será igual a ser Sísifo. Um Sísifo que no lugar da pedra empurra a Humanidade poço acima para logo ela rolar poço abaixo.
Talvez seja essa o sentido da vida.
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