Não sei bem a cor dos candeeiros. Parecem-me cor de luz. Que coisa mais parva de se dizer! Envoltos pela escuridão da noite sem lua e sem estrelas os candeeiros ganham aquela tonalidade triste, iluminam sem alegria o ladrar dos cães e o ruído dos carros que passam, invisíveis, na auto-estrada. Depois há estes momentos de quase silêncio. Mas não, a ausência de ruído é uma impossibilidade. Um motor que arranca lá por detrás daquele prédio, o marulhar dos carros na auto-estrada, o som da velocidade combina com a cor dos candeeiros.
A noite não descansa.
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