Começam a ouvir-se algumas vozes que admitem termos ultrapassado o ponto de não-retorno. Pessoas que falam alto nos media, que afirmam que não há volta a dar-lhe, que, apesar de estarmos a empurrar o nosso sistema de sociedade global em direcção ao abismo esse mesmo sistema permitiu reduzir (e muito) a pobreza. Apesar de aumentar as desigualdades, as diferenças entre ricos e pobres, apesar disso reduzimos muito a pobreza. Estamos de parabéns?
Estas pessoas compreendem a angústia, a fúria e o desvario dos que se revoltam contra a crescente poluição ambiental mas, dizem, e dizem-no alto, nos mass media, é impensável mudar o que quer que seja assim de um momento para o outro, sem provocar uma convulsão social e política de tal magnitude que o mundo, tal como o habitamos, acabasse por se devorar a si próprio. Não é bonito de ser visto mas tem de ser assim. Tem muita força.
Compreendo. Compreendo que os jovens se revoltem, compreendo que os tipos de meia-idade se acomodem e compreendo os velhos agarrados à saudade que têm da juventude perdida, parece-me que sou capaz de compreender esta malta toda. Ok, podem ficar tranquilos, todos têm razões suficientemente fortes, razões suficientemente válidas que justifiquem essas ideias que lhes estão a passar pela cabeça. Todos os seus actos são aceitáveis apesar de contraditórios. Vivemos numa sociedade livre... vivemos, não vivemos?
A reflexão fica por aqui, salto directo para a conclusão: estamos a trabalhar arduamente para a extinção, não da espécie humana mas do sistema capitalista enquanto paradigma sócio-económico. Enquanto a coisa foi mais ou menos localizada, mais ou menos parcial (a Coisa é a exploração capitalista, exploração dos seres vivos e dos recursos naturais com o fim absoluto do enriquecimento de uma casta de cabrões enxertados numa outra, de filhos da puta) o mundo apenas vacilou. A partir do momento em que a Coisa se globalizou, já fomos! Não há retrocesso nem , como dizem as tais vozes que referi lá mais atrás, volta a dar a isto sem que tudo acabe a ruir à nossa volta.
Assim, o melhor, é deixarmos andar, ir aproveitando enquanto pudermos viver como vivemos, os que vierem depois de nós é que se fodem.
Estas pessoas compreendem a angústia, a fúria e o desvario dos que se revoltam contra a crescente poluição ambiental mas, dizem, e dizem-no alto, nos mass media, é impensável mudar o que quer que seja assim de um momento para o outro, sem provocar uma convulsão social e política de tal magnitude que o mundo, tal como o habitamos, acabasse por se devorar a si próprio. Não é bonito de ser visto mas tem de ser assim. Tem muita força.
Compreendo. Compreendo que os jovens se revoltem, compreendo que os tipos de meia-idade se acomodem e compreendo os velhos agarrados à saudade que têm da juventude perdida, parece-me que sou capaz de compreender esta malta toda. Ok, podem ficar tranquilos, todos têm razões suficientemente fortes, razões suficientemente válidas que justifiquem essas ideias que lhes estão a passar pela cabeça. Todos os seus actos são aceitáveis apesar de contraditórios. Vivemos numa sociedade livre... vivemos, não vivemos?
A reflexão fica por aqui, salto directo para a conclusão: estamos a trabalhar arduamente para a extinção, não da espécie humana mas do sistema capitalista enquanto paradigma sócio-económico. Enquanto a coisa foi mais ou menos localizada, mais ou menos parcial (a Coisa é a exploração capitalista, exploração dos seres vivos e dos recursos naturais com o fim absoluto do enriquecimento de uma casta de cabrões enxertados numa outra, de filhos da puta) o mundo apenas vacilou. A partir do momento em que a Coisa se globalizou, já fomos! Não há retrocesso nem , como dizem as tais vozes que referi lá mais atrás, volta a dar a isto sem que tudo acabe a ruir à nossa volta.
Assim, o melhor, é deixarmos andar, ir aproveitando enquanto pudermos viver como vivemos, os que vierem depois de nós é que se fodem.
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