A minha memória é como um campo de minas após a passagem de uma manada de gnus em correria. Por vezes esforço-me por recordar algo, sinto a coisa mesmo ali, a surgir um bocadinho, a quase ganhar forma, mas... caraças, lá se vai outra vez, ralo abaixo, a esconder-se num daqueles buracos de mina rebentada, impossível descortinar qual.
Preciso ser paciente comigo próprio.
Quantos livros li, quanta informação admiti no meu cérebro!? Quantos filmes, músicas, quadros, obras de arte, paisagens, rostos, sensações tácteis, olfactivas, quantas vezes esforcei os meus defeituosos ouvidos na tentativa de perceber melhor uma melodia, um ruído, um riso!?
O mundo pode não ter fim.
Apercebo-me que sei imensas coisas das quais é virtualmente impossível que me lembre.
Por vezes surgem-me informações e memórias inesperadas ao virar de alguma esquina viscosa do meu cérebro. Imagino que esses encontros inesperados sejam pequenos acidentes neuronais, uma luzita ou outra que me ilumina a caverna craniana por um nanossegundo.
É isso o que nos faz brilhar os olhos?
Preciso ser paciente comigo próprio.
Quantos livros li, quanta informação admiti no meu cérebro!? Quantos filmes, músicas, quadros, obras de arte, paisagens, rostos, sensações tácteis, olfactivas, quantas vezes esforcei os meus defeituosos ouvidos na tentativa de perceber melhor uma melodia, um ruído, um riso!?
O mundo pode não ter fim.
Apercebo-me que sei imensas coisas das quais é virtualmente impossível que me lembre.
Por vezes surgem-me informações e memórias inesperadas ao virar de alguma esquina viscosa do meu cérebro. Imagino que esses encontros inesperados sejam pequenos acidentes neuronais, uma luzita ou outra que me ilumina a caverna craniana por um nanossegundo.
É isso o que nos faz brilhar os olhos?
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