sexta-feira, abril 29, 2011

Vivam os noivos!



Neste dia de histeria mediática em que todos os canais públicos de televisão estão a babar-se para fora dos écrãs com imagens do casamento do puto mais velho da princesa Diana com uma boazuda qualquer, o 100 Cabeças oferece o seu pequeno presente aos noivos (com legendas em espanhol).
Que tenham muitos meninos e tudo o mais, etc e tal.

8 comentários:

Chapa disse...

Eles merecem a prenda.

Anónimo disse...

hahahaha, grande pedida, grande banda, escola em que todos beberam. Música escolhida a dedo Rui, adorei. E como eles estão jovens e lindos...
Falando em princesas e rainhas eu fico mil vezes com a duquesa de Cornualha,rs: Camila Parker Bowles. Até vou clicar pra ver como ela foi no casamento do enteando,hahahahahaha
madoka

luisM disse...

Pracaso era interessante refletir um pouco na atração dos milhões de basbaques por um casamento. É real (de reis), mas foi uma encenação tão rigorosa como uma peça de teatro cuidadosa. E toda a gente sabia disso, porque os jornalistas não se esqueciam de explicar como é que os "atores" se deveriam comportar, desde os posicionamentos em cena até aos pequenos gestos, como acenar à multidão p. ex. É como a cerimónia dos óscares, só que mais rara.

A falta de modelos fortes, estruturantes de valores, dá nesta coisa de se transferir a emoção para um espetáculo meticulosamente organizado, assumindo a sua artificialidade como se se tratasse duma simbologia do genuíno. É a "outra gente", a elite que está no topo da pirâmide social, que se mostra. E as gentes vão confirmar se o estatuto corresponde à performance. Espera e deseja que assim aconteça, porque é suposto que seja desse modo. Com uma elite que sabe encantar, que sabe aparecer, reconhecem-se os níveis civilizacionais a que o público (agora de regresso à massa da 1ª metade do século) também pertence. Com o extra apelativo de ser, a noiva, uma plebeia que ascendeu à nata da tradição.

Agora fico-me por aqui, ainda despejava mais um pouco de fel, mas passo a palavra. Termino com uma constatação minha: é difícil construir a nossa independência e afirmar o nosso individualismo na urbanidade contemporânea que tudo nivela e uniformiza. O medo do isolamento leva ao consumo das referências construídas pela sociedade da informação. A formulação de juízos livres é trabalhosa e causa angústias. O consumo destes acontecimentos consola, permite a evasão sonhadora e dá-nos um sentimento de pertença (assim é o futebol global).

Anónimo disse...

então Rui, vi algumas fotos e além da Duquesa de Cornualha eu adorei uma certa daminha fofinha que tá inclusive no meio do casal real e da Camila, dá uma olhada. Falando em números dessa encenação toda a Rainha vai pagar parte deste casamento, porque parece que não divulgam o montante total. Os pais da noiva pagarão a modesta quantia de RS 260mil (em reais) e os contribuintes serão responsáveis pela fatura da segurança e transporte. A encenação de Charles e Diana custou 30 milhões de libras (em torno de 90 milhões de reias), ou seja, o casamento de William e Kate, deve ter sido bem mais que isso. E digo mais, os contribuintes não importam em pagar. Apenas 18% dos britânicos é contra a monarquia. Tá explicado, porque no Brasil muitos não ficariam atrás se consultassem de quererem a volta da monarquia.
Bjs
madoka

Silvares disse...

Chapa, claro que merecem, não me considero nenhum brutamontes, ia lá oferecer alguma porcaria aos noivos!

Madoka, a realeza não tem preço. Quantos países se podem orgulhar de poderem oferecer ao mundo um conto de fadas verdadeiro? As fotos do acontecimento oferecem momentos deveras curiosos mas não os oferecem todas as fotos tiradas em casamentos, mesmo nos casamentos dos pés-descalços?

Luís, lá estás tu a conceptualizar a coisa a níveis que chegam a tocar a abstracção. O povo gosta destas coisas. Repara na popularidade dos filmes do Walt Disney. A Cinderela ou a Branca de Neve e os Sete Anões explicam muito do fascínio que esta coisa derrama sobre as nossas almas sedentas de maravilha.

luisM disse...

É diferente, a não ser que consideres os adultos como crianças grandes. Só que o Freud acabou com essa ideia do único estádio psicológico. Os contos de fadas estão bem para as crianças. Os adultos podem achar graça, mas sabem que são ficções, metáforas. O problema (só para mim, se calhar) é que a realeza e o seu envolvimento pertencem à realidade e interferem com o quotidiano em sentido literal.
A anulação da distância é que é o busílis. A questão não é a capacidade e o desejo de sonhar, que são fundamentais para se viver equilibradamente. A questão é ser o inverso: é a "venda" de sonhos que não são os nossos e não irão interferir com a realidade...

Mas acho que sim, telenovela por telenovela, esta sempre é diferente e dura só um dia a realizar, embora dure uma vida...

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