Tenho a impressão que já anteriormente escrevi o que vou agora escrever: os textos deste blogue são como mensagens deitadas ao mar em garrafas à espera que as encontres e tenhas curiosidade de ler o que vai lá dentro. Ok, mas qual o interesse que poderás ter em semelhante leitura e qual o meu objectivo em pretender esperançadamente que o faças? Há perguntas que mais vale não colocar.
Com os meus desenhos e pinturas passa-se mais ou menos a mesma coisa ou, pelo menos, algo muito semelhante. Vou produzindo obras a um ritmo elevado se bem que não a um ritmo constante. Serão dezenas por anos (chegarei à centena, ultrapasso esse número?). Em 99% dos casos trabalho sobre papel pois não tenho atelier ou armazém que suporte tanta produção noutro tipo de superfície. Pinto, desenho e... vai para o monte, para a pasta, é tudo devidamente organizado e arrumado ficando ali, em suspensão, à espera, como animal selvagem escondido na selva. Para quê? Porquê? Há perguntas que são escusadas.
Uma página no Facebook e outro blogue acabam por servir de repositórios para grande parte das coisas que vou produzindo. Escrevo, desenho, pinto, vou deixando os resultados por aí como o Polegarzinho deixou um rasto de migalhas no chão da floresta para não perder a noção do caminho para casa. Haverá pássaros que devorem os meus sinais e me façam, um dia, perder por completo? Há perguntas simplesmente estúpidas.
Enfim... acho que vou começar uma nova pintura e não vou colocar qualquer questão sobre este impulso.
Sem comentários:
Enviar um comentário