São como enxames de mosquitos numa zona pútrida: são aquelas mensagens de Natal e Boas Festas que te enviam lojas, comerciantes e várias instituições que, por vezes, desconheces em absoluto. Querem continuar contigo porque se preocupam, querem oferecer-te alguma coisa excepcional e irrecusável porque te amam, enchem-te as caixas de correspondência com frases feitas e imagens repugnantes que escorrem falsidade por todos os lados.
Apagas sem ler, afastas aquelas coisas incómodas com enfado mas, algum tempo depois, lá estão outra vez. Podem ser de outras lojas, de outros amigos fictícios, mas são sempre a mesma ranhosice. Não queres aquilo, não conheces aquelas coisas mas elas não te deixam em paz; são mensagens após mensagens após mensagens, demasiado personalizadas, abusivas, como se houvesse algum grau de intimidade, algum segredo entre ti e o fantasma digital que te envia aquela merda.
É Natal. Todos os que imaginam poder vir a tirar algum tipo de proveito de uma relação que não existe te declaram amor e interesse, te prometem mundos e fundos e ficam à espera não sabes bem de quê. Não fosse a tua família e isto poderia ser o início de uma grande desgraça.
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