A culpa é dos políticos, dos partidos políticos, das suas políticas, dos jornalistas e do jornalismo, principalmente das redes sociais. A culpa é, sobretudo, das redes sociais e da maneira como a informação surge e se move nas redes sociais: no Tique Taque, no Instagram, no Facebook e por aí fora, todos canais possuídos por tenebrosos capitalistas, verdadeiros vampiros, autênticas personagens de Banda Desenhada, da categoria dos génios loucos ou dos simplesmente loucos, daqueles que, caso fossem pobres, seriam internados numa instituição qualquer e por lá esquecidos ou andariam a pedir esmola nas estações de metro e a comer ratazanas ao pequeno-almoço, génios com aquela loucura que os faz imaginarem-se capazes de dominar o mundo.
A culpa da imparável ascensão de ideologias que repugnam pessoas da minha idade não é culpa fácil de atribuir. Aponta-se a Educação ou a falta dela, a aparente falência do sistema democrático, a incapacidade de distribuir a riqueza, a solidão de indivíduos que se fecham em suas casas e se vão transformando num híbrido, parte humano, parte vegetal, que vai perdendo a capacidade de sentir empatia, essa coisa já declarada horrível por Elon Musk, esse ser vivente que respira e tem a mioleira mais frita que uma batata belga. A culpa, desta vez, não pode ser atribuída ao macaco.
(continua)
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