Não sabia bem se a coisa fazia sentido mas, agora, já nada poderia pará-lo. Bastava a sua vontade. Algumas pessoas achavam aquilo esquisito, outras torciam o nariz de tal modo que ficavam com expressão de saca-rolhas. Nada disso lhe desviava a atenção, nada disso fazia esmorecer o ímpeto de continuar com aquilo: todos os dias fazia mais um pouco, cada dia avançando um bocadinho, dia após dia o Futuro ia sendo construído.
O céu escureceu subtilmente, pingou alguma chuva. O ar estava tão fresco que até o canto dos pássaros se sobrepunha ao ronronar maléfico dos automóveis. Olhou demoradamente as suas mãos. Depois desferiu o golpe. Único e certeiro.
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