Assistir à desistência da vida é uma coisa muito triste. Perceber o esvaziamento, a energia vital a diluir-se no sopro frágil da respiração, cada movimento do peito mais próximo de ser o último que haverá de ser feito. É assim com todos nós, cada momento mais longe do início, mais próximo do fim. Mas não costumamos pensar nisso, não costumamos assistir a isso. Vê-lo é ver o lamento da existência, ver a vida a enrodilhar-se na morte. Não é belo, não é feio, apenas profundamente melancólico.
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