É muita hipocrisia. Dizemos que queremos salvar o Planeta, como se o Planeta dependesse de nós. Deveríamos dizer que queremos salvar a nossa Civilização, nem sequer a Espécie Humana mas sim o regime capitalista que nos devora.
Pessoalmente não estaria muito para aí virado, salvar o capitalismo, mas a verdade é que estou viciado no modo de vida que este regime me permite. Não imagino outro modo de vida. Temo o desaparecimento de certos luxos, uns maiores outros menores; impressionam-me o desaparecimento de outras espécies animais, o aquecimento global, os continentes de lixo flutuante mas continuo a viajar no meu carro a gasóleo e a utilizar os meus sacos de plástico.
Sei que as grandes empresas e aqueles que delas beneficiam a um nível que nem sou capaz de imaginar, vão fazendo com que me sinta culpado por ser um dos milhares de milhões de Seres Humanos que poluem o planeta. São capazes de me tornar inimigo de mim próprio.
E eu luto contra mim. Umas vezes ganho, outras vezes perco a luta. Luto todos os dias, desde que acordo até que fecho os olhos e mergulho no universo dos sonhos. Sou um lutador incansável. Umas vezes ganho, outra vezes perco. Luto comigo próprio, sinto cada golpe e respondo na mesma moeda. É uma luta desesperada.
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