Amanhã será mais um dia de férias. Posso ocupar o tempo fazendo o que quiser. Decerto irei ler mais um pouco do livro de Julian Barnes que comecei ontem (ou terá sido anteontem?), "Nada a temer". Depois irei comprar o jornal e ler preguiçosamente as notícias. Quanto mais leio o jornal mais me convenço que a nossa luta enquanto espécie que pretende sobreviver (por enquanto ainda não desesperadamente) é contra a estupidez.
A estupidez é a mais arrasadora de todas as pandemias que alguma vez se alimentaram da Humanidade. Apesar de algumas vacinas interessantes os negacionistas levam sempre a melhor.
1% prá Cultura, como diz o outro. Mas, lá está, é preciso ver quem é esse "outro". Proclamar amor pelas artes não é nenhum atestado de imunidade ao vírus da estupidez mais pura ou ao da estupidez mais simples. Estamos todos iludidos pelo espelho e ficamo-nos pela coçadela dos tomates.
O que é bom nem sempre alivia (e vice-versa).
Ah. já me esquecia, estava eu a falar do que imagino que irei fazer amanhã. Após a literatura irei decerto desenhar um bocado, ver umas cenas dos Jogos Olímpicos, desenhar um bocado, ler um pouco, ver umas cenas dos Jogos Olímpicos e, finalmente, desenhar um bocado.
Se tudo correr bem o tempo há-de passar e eu chegarei vivo ao fim de mais um dia.
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