Tenho um livrinho aberto nas mãos. É a "História Universal da Infâmia", essa barroca sucessão de narrativas pela voz imensamente literária de Borges, o escritor infinito.
Olho a minha mão, o meu polegar. Olho o meu braço: qual a cor da minha pele? Tento encontrar palavras capazes de explicar aquilo que os meus olhos vêem. A cor e o tom são indefinidos, não descubro uma expressão adequada. Qual a minha cor?
De uma coisa tenho eu certeza absoluta: não sou branco! Brancas são as páginas do meu livro.
Sem comentários:
Enviar um comentário