Ver a idade transformar-se em velhice: o corpo a curvar-se perante a imensidão do tempo, a mente perdida na lonjura da memória. Abandonamos o corpo, perdemos o espírito, tornamo-nos outra coisa, invólucros cujo conteúdo perdeu o prazo de validade. Envelhecer parece ser duro. Pelo menos presta-se à construção de frases tão pomposas como as que atrás ficam escritas.
Pondero seriamente apagar este post, esquecer a coisa, mas não, que fique. Sempre poderá servir-me de memória quando começar a esquecer-me de mim e funcionar como marco ou fronteira. Para lá ficam os desertos do pretensiosismo. Para cá... para cá estou eu, perigosamente próximo de coisas que preferiria evitar.
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