Enquanto os sinais de desmoronamento civilizacional se adensam à nossa volta nós ansiamos regressar à normalidade, um novo "Ó tempo, volta pra trás" sem a Severa na história mas com o desejo de que o sol nos ilumine a paisagem que se estende para o lado de lá da janela. É o "novo normal".
Mas, para um "novo normal" terá de existir uma nova anormalidade, como é óbvio. É o Yin e o Yang, o Tom e o Jerry, Deus e o Diabo, a velha história da beleza do mundo, o equilíbrio entre luz e treva, o risco de habitar na penumbra. Será a existência da vida enformada naquela merdice do "eterno retorno"?
Resta-nos a velha táctica da "fuga para a frente"? Fugir para trás, ao que parece, está fora de questão. Há ainda imensos areais com muito espaço para enterrarmos as nossas cabeças.
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