Um muro implica com a nossa posição neste mundo. Existindo, encontramo-nos de um lado ou do outro. Havendo um muro já não temos todo o espaço à nossa disposição de modo a podermos circular livremente, podemos evitá-lo, podemos ignorá-lo, não olhar para ele mas não é por isso que desaparece. O muro está lá.
Há milhões de muros por esse mundo fora. Pequenos muros, murinhos, muretes, simples cercas de madeira, barreiras com arame farpado, muros altos, muros baixos, a variedade é imensa. O território fica todo recortadinho, marcam-se itinerários em volta de muros ou através deles. Todos os muros têm portas, portões ou meras passagens que podem, ou não ser, guardadas
Além dos muros físicos, como era, por exemplo, aquele que dividia Berlim, há muros psicológicos, muros culturais, muros religiosos, há muros de todas as formas e consistências que ultrapassamos de acordo com a nossa vontade ou a nossa capacidade. Podemos desprezar um muro, não lhe darmos a mínima importância; isso acontece quando a existência da barreira não interfere directamente com a nossa vida nem ofende as nossas convicções. É fácil ignora-se um muro que incomode apenas o vizinho.
A existência dos muros justifica-se ou não: esse é o "tal" debate que não pode fazer-se em abstracto, pois cada muro é coisa demasiado concreta.
Há milhões de muros por esse mundo fora. Pequenos muros, murinhos, muretes, simples cercas de madeira, barreiras com arame farpado, muros altos, muros baixos, a variedade é imensa. O território fica todo recortadinho, marcam-se itinerários em volta de muros ou através deles. Todos os muros têm portas, portões ou meras passagens que podem, ou não ser, guardadas
Além dos muros físicos, como era, por exemplo, aquele que dividia Berlim, há muros psicológicos, muros culturais, muros religiosos, há muros de todas as formas e consistências que ultrapassamos de acordo com a nossa vontade ou a nossa capacidade. Podemos desprezar um muro, não lhe darmos a mínima importância; isso acontece quando a existência da barreira não interfere directamente com a nossa vida nem ofende as nossas convicções. É fácil ignora-se um muro que incomode apenas o vizinho.
A existência dos muros justifica-se ou não: esse é o "tal" debate que não pode fazer-se em abstracto, pois cada muro é coisa demasiado concreta.
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