O tempo passado enfiado num frasquinho de vidro, mergulhado em vinagre (penso que fosse vinagre) ali estava, suspenso, perante o meu olhar mais ou menos espantado.
Eram duas revistas, uma publicada em 1984 e outra em 1991. Papel amarelecido, um leve odorzinho a môfo, coisas esquecidas, daquelas coisas que não existem e, no entanto, estão ali para nos mostrarem como a realidade é muito mais que o presente o que a torna algo cuja existência é absolutamente impossível.
Tentei recordar-me de alguma situação, algum acontecimento, qualquer coisinha que me transportasse de volta a esse passado esquecido (presente impossível). Népias, nadinha de nada. Néribi.
Fico assim mesmo, embasbacado a olhar o frasquinho, a massa informe do que fui misturada na solução translúcida em suspensão que mantém a existência do tempo que lhe corresponde. Confuso, não é?
Quando um gajo fica nostálgico e se põe a tentar recuperar acontecimentos enterrados na lixeira do olvido acaba a imaginar coisas que só fazem sentido dentro da sua cabeça. É isto que aqui escrevo. Exactamente.
Eram duas revistas, uma publicada em 1984 e outra em 1991. Papel amarelecido, um leve odorzinho a môfo, coisas esquecidas, daquelas coisas que não existem e, no entanto, estão ali para nos mostrarem como a realidade é muito mais que o presente o que a torna algo cuja existência é absolutamente impossível.
Tentei recordar-me de alguma situação, algum acontecimento, qualquer coisinha que me transportasse de volta a esse passado esquecido (presente impossível). Népias, nadinha de nada. Néribi.
Fico assim mesmo, embasbacado a olhar o frasquinho, a massa informe do que fui misturada na solução translúcida em suspensão que mantém a existência do tempo que lhe corresponde. Confuso, não é?
Quando um gajo fica nostálgico e se põe a tentar recuperar acontecimentos enterrados na lixeira do olvido acaba a imaginar coisas que só fazem sentido dentro da sua cabeça. É isto que aqui escrevo. Exactamente.
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