domingo, novembro 17, 2013

Natalices

Há uma canção que diz que "Natal é quando um homem quiser". Sinceramente sempre me pareceu poesia a mais mas, recentemente, o presidente da Venezuela veio tornar a cantiguinha em doce realidade (ver aqui). Nicolás Maduro é um coração de manteiga e, muito por causa disso, tem sido ridicularizado.

A intenção de Maduro é louvável, ele quer trazer felicidade e esperança ao povo. Não percebo bem a razão pela qual tão gozado tem sido.

Hoje de manhã fui ao centro comercial e, por todo o lado, há árvores e enfeites de Natal! Não reparei que alguém tenha considerado ridícula esta antecipação da festa do Menino Jesus ou do Pai Natal, conforme as inclinações mais religiosas ou mais consumistas dos festejantes.

Fica a sensação de que em nome do consumo podemos decretar sem temor a antecipação do Natal mas, se o fizermos em nome de outra coisa qualquer, podemos levar com gargalhadas jocosas pela cabeça abaixo. Não me parece justo.

Por mim o Natal até pode ser em Agosto, embora dessa forma a vaca e o burro que aquecem o Menino Jesus corram o risco de ir para o desemprego.

5 comentários:

Anónimo disse...

Em qualquer mês e dia do ano, a pior data a ser comemorada! Viva o consumo e a hipocrisia!

luísM disse...

Exatamente.
Em nome do comércio o Natal já começou e centra-se nas malfadadas compras de prendas em que as pessoas gastam tempos infinitos em correria (agora com menos compras, mas a correria vai-se manter).
Nem é pretexto para uma festa de família, porque não se pode considerar festa de família o emborcar da comida e do vinho, para se abrirem os pacotes e zarpar cada um para suas casas.
Isto é o normal e é um espetáculo circular pelas zonas comerciais nesta época, observando as diversas expressões, posturas e atitudes das gentes gastando o que têm e o que ainda não receberam.

Isto é considerado normal, tão entranhado está que pouca gente se deve aperceber do generalizado comportamento ridículo nos finais de ano.

Mais vale a gente juntar-se numa festa sem a ansiedade do que me parece não fazer parte sequer do espírito religioso da época. É, aliás, o contrário disso tal como é o contrário dum tempo bem passado. Parece que o Natal passou a ser uma amostra do Purgatório...

cidadão exemplar disse...

dejingóbel dejingóbel

Jorge Pinheiro disse...

De facto o rapaz Jesus nasceu em Agosto...

Silvares disse...

Eduardo, VIVA!!!

Luís, talvez o Natal seja mais uma imperial ao fim da tarde (ou mesmo uma lambreta).

Djinga.

Jorge, ainda mais essa.