sexta-feira, novembro 18, 2011

Camisa vermelha

Já se sabe que neste mundo a criatividade começa a tirar a cabeça de fora. Os criativos desenroscam a corneta na busca de ideias que possam transformar um intelecto adormecido num intelecto frenético, um zombie apático num consumista desenfreado.

Quando a coisa toca a sexo, então: força camaradas! É tudo a espicaçar o orgulho macho (ou fêmea) tentando fazer-lhe cócegas no sítio certo. O que interessa é colocar determinado produto no mercado, vendendo-o ao público alvo pré-definido com largas margens de lucro. É o espírito do tempo, e não me estou a referir ao Natal, que é como se fosse já amanhã, refiro-me ao Mercado, assim mesmo, com um "M" daqueles granjolas, que é onde vogam as barcaças do sucesso e os navios da boa vida económica.

Vem esta conversa a propósito de uma campanha de marketing lançada pelo Benfica para vender preservativos a quem deles precisar, benfiquistas em particular (ver aqui). Não estou a ver um portista apaixonado a enfiar uma coisa daquelas onde é devido sem que isso lhe venha atrapalhar a função ou um adepto do Sporting (como é o meu caso) a comprar preservativos destes com outra intenção que não seja apoucar algum benfiquista menos protegido pela sorte.

Convenhamos que querer fazer humor benfiquista com o acto sexual pode ter efeitos perversos e imprevistos. Imagine-se que a equipa vermelhusca começa a perder jogos que não deveria, com equipas de menor gabarito. Como irá o adepto munido de um poderoso preservativo com a frase "Esta vai ser à Benfica" convencer a paceira de que a coisa vale a pena?

Cá para mim, nestas coisas do contacto amoroso e clímax sexual, o melhor é deixar o clube de fora. Pode não funcionar. O amor será sempre a melhor estratégia. Seja a atacar ou a defender.
:-)

2 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

A questão é que a marca Benfica é a mais valiosa e a que tem mais fãs em Portugal (e emigrantes).

Silvares disse...

Ok, tudo bem, há que aproveitar o mercado.
:-)