A Inteligência Artificial (IA) oferece a quem a ela recorre um padrão de pensamento, um denominador comum a toda a informação colectada em relação ao assunto que o utilizador pretende abordar. A sua capacidade para estabelecer uma rede de conexões entre tantos pontos relacionados com o tema quantos o disco rígido contém (os que lhe foram fornecidos mais os que a IA criou por osmose) e a rapidez com que executa tal tarefa conferem-lhe uma aparência de totalidade esmagadora. A máquina é como se fosse Deus e vice-versa e oferece-nos a resposta, a síntese da sua sabedoria, como quem atira um osso a um cão.
Mas, não será isto (mais) uma ilusão? A máquina resume num sopro aquilo que sabe, e sabe imenso, mas não sabe tudo, a máquina não tem como saber tudo. Então, aquilo que dela recebemos é sempre conhecimento parcelar e circunstancial por mais vasto que seja.
Fico com a impressão de que a única certeza que recebo da IA é a certeza de que ainda não fomos capazes de imaginar nada que chegue aos calcanhares do que imaginamos ser Deus.
Sem comentários:
Enviar um comentário