Tenho receio de ser mal compreendido. Tenho receio de ser demasiado bem compreendido. Do mesmo modo, tenho receio de eu próprio não ter compreendido. O melhor é deixar cada um compreender aquilo que for capaz de compreender e não pensar mais nisso, deixar a coisa passar e fazer outro desenho. É sempre assim, após realizar um desenho começo a pensar no seguinte.
É como um rio de imagens que nasce algures dentro da minha cabeça e corre por mim abaixo até me encontrar as pontas dos dedos e as canetas, os pincéis, os pastéis, os lápis, os tubos de cola, as tesouras, as superfícies de suporte. Aquilo vai tudo de enxurrada! Plof, catrapumbas, slooooosh... as imagens ganham forma e têm sempre um título.
Forma e conteúdo, técnica e narrativa. Esta magia é maravilhosa. O que está ali, naquele papel, naquela imagem? Tantas coisas, tantos mundos, tantas histórias diferentes. Esta magia é maravilhosa...
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