A crise que
atravessamos tem tido a terrível virtude de iluminar certos recantos obscuros
do mundo em que vivemos, expondo mais claramente os traços de alguns seres que habitam
na penumbra. Jair Bolsonaro e Donald Trump são dois exemplos concretos de como “o
sono da razão engendra monstros”.
Por outro lado António Costa tem-se mostrado
um líder capaz de enfrentar a borrasca com razoável valentia e Rui Rio não
envergonha ninguém nos tempos difíceis que vivemos. Alguém se recorda do modo
soez como, no início desta crise, o deputado Ventura se tentou aproveitar da
situação para insinuar que Marcelo Rebelo de Sousa estava a contribuir
negativamente para o evoluir da situação, pretendendo acumular créditos para
uma futura campanha presidencial?
Quanto a mim, esta crise pandémica mostra, a quem o quiser ver, a supremacia absoluta dos que acreditam e praticam a Democracia sobre aqueles que se imaginam a ditar regras ao sabor das suas pulsões narcísicas. Todos nós imaginamos que ultrapassada esta crise o mundo vai mudar, só não sabemos em que sentido. Oxalá o vírus tenha, pelo menos, o condão de enviar certas ratazanas para o esgoto a que pertencem.
Carta enviada ao Director do Público (duvido que seja publicada)
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