quinta-feira, março 19, 2020

Ensino


Não sou grande adepto do ensino à distância. Talvez porque “burro velho não aprende línguas”, admito, mas tenho as minhas reservas quanto à qualidade do ensino assim ministrado. Acredito no contacto humano, na comunicação directa, na entoação da voz, na expressão facial, no gesto teatral. 

Duvido da eficácia de um tweet.

As ferramentas utilizadas no ensino à distância são apenas isso: ferramentas. Estou convicto de que a potencialidade de uma ferramenta depende muito do modo como é utilizada. Seja um i-phone ou uma trincha e duas latas de tinta, o utilizador determinará a qualidade do resultado do trabalho desenvolvido.

A tecnologia não é magia e, portanto, não opera milagres. Um bom professor será sempre isso mesmo e um mau professor idem aspas. O ensino à distância é, a meu ver, um recurso de emergência ou, em certas circunstâncias, um mal menor.

Quero acreditar que os resultados do ensino presencial não são melhores nem piores que os do ensino à distância, são diferentes.

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