domingo, outubro 14, 2018

Tretas

Um gajo abre o Facebook e encontra esta conversa com alguma frequência:
"As tuas memórias no Facebook
Rui, as memórias que partilhas são importantes para nós. Pensámos que gostarias de recordar esta publicação de há 7 anos." 

As minhas memórias são importantes para "eles"? Por que raio de carga de água haveriam as minhas memórias de ser importantes para "eles"?

É por estas e por outras que me vou refugiando por aqui, por estas bandas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Comentei este texto no FB. E ressaltei o divertido diálogo que costuma travar nos comentários com o Cidadão José, seu amigo e parceiro de longa data. Sobre o comentário que ele fez, escrevi uma crônica onde ressalto exatamente esse fenômeno que a internet criou. Todos viram filósofos e sábios, quando num passado não muito distante, não passavam de reles frequentadores de bares de esquina. Lá suas opiniões, conversas e observações valiam tanto quanto um litro de ar. Ou nada.

Silvares disse...

É, filósofo na Internet é bicho que se reproduz como se fosse coelho. Tenho uma etiqueta aqui no 100 Cabeças que é, precisamente, "filosofia de tasca" (que é uma expressão lusa para "bar de esquina") em homenagem a toda a filosofia extraordinária que aprendi e produzi encostado ao balcão com um copo na mão. Antes da Internet era na tasca que a melhor filosofia era produzida.
:)

Anónimo disse...

Vou passar a usar (dando sempre o crédito devido) "filosofia de tasca". Foi o berço dos filósofos e sábios da internet.