domingo, dezembro 17, 2017

Sensações

Estou a reler a "História Universal da Infâmia" de Jorge Luís Borges. É maravilhoso! Sempre que leio Borges é como se ouvisse uma voz dentro de mim (não é dentro da minha cabeça, nem dentro do coração, é dentro de mim, algures, eventualmente num pé ou no fígado, não consigo precisar).

Acontece com Borges como acontece com Bolaño ou com Paulo Varela Gomes ou Teresa Veiga, acontece com certos escritores de língua portuguesa ou castelhana (traduzida). Sinto vozes quando leio estes autores.

Com Ian McEwan, por exemplo, ou Paul Auster, não sinto vozes, viajo para lugares específicos. São espaços arquitectónicos que me envolvem (ou serão paisagens?).

Fico a pensar que os autores de língua latina me falam e os anglófonos me transportam.

Sem comentários: