domingo, dezembro 18, 2016

Contradição

Olhando os polícias que esbracejam o trânsito num Cais do Sodré esventrado por obras eternas, percebo perfeitamente que o Caos pode ser ordenado mas não é por isso que deixa de ser o Caos.

(avanço na cidade)

Há dias assim, dias em que gosto sinceramente de estar vivo. São dias que me parecem iguais aos outros, na verdade não percebo porque gosto mais de estar vivo nestes que naqueles. Se calhar gosto de viver, mais nada!

(a cidade brilha sob o sol)

Ele há dias que mais parecem noites e noites que trazem agarrada a fundura negra de um poço com pêndulo. Nem mesmo a luz espanta os monstros dos recantos desses dias, nem a escuridão das negras sombras os conforta. É uma angústia, uma agitação, como se fosse uma morte.

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