segunda-feira, julho 14, 2014

Uma paixão infinita

Um jogo de futebol tem 90 minutos (120 se for num jogo a eliminar). Depois acaba.

Tenho dificuldade em compreender as pessoas que ficam exasperadas quando perdem, principalmente se a frustração não lhes sai do pêlo, no máximo, meia hora após o apito do árbitro que manda terminar o jogo. É para mim impossível compreender aqueles que perdem o apetite, os que batem na mulher e nos filhos ou os que, simplesmente, perdem a vontade de viver quando a equipa dos seus amores é derrotada.

Ok, dependendo da profundidade da paixão de cada um, a coisa poderá prolongar-se por uns minutos, algumas horas... um dia já me parece exagerado mas sei que há malucos para tudo. Dois dias? Já me cheira mal.

Do mesmo modo mas em sentido contrário, gostaria de compreender o que fica realmente dentro do peito dos vencedores, passada a euforia da vitória.

Resumindo: merecerá o futebol, na sua qualidade de fenómeno desportivo-que-o-já-não-é, a atenção mediática doentia que lhe é dedicada? Merecerá o futebol a paixão desmedida que por ele é nutrida por um número estonteante de pessoas espalhadas por todo o mundo?

Nos próximos posts gostaria de ajuda para reflectir sobre as razões que nos fazem cair, tão perdidamente, de amores por um ex-desporto como aquele.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tenho as mesmas dificuldades suas de entender essa paixão.

Silvares disse...

Eduardo, eu adoro futebol! Durante aqueles 90 minutos... toda a conversa após o jogo deixa-me aborrecido.

João Menéres disse...

O marido da nossa empregada doméstica é um portista doentio.
Quando ganham, são os melhores do mundo.
Mas, quando perdem ( e na época passada não fizeram outra coisa ), parece que lhe morrreu alguém muitopróximo.
Um dia, perguntei :
- Mas, diga-me uma coisa, o FCP é seu ?

Encabulado, não respondeu...